Terapia é escuta da alma — e toda alma merece ser ouvida.
Ainda existe um mito persistente de que “fazer terapia é coisa de gente problemática”. Essa crença, além de equivocada, carrega um preconceito que impede muitas pessoas de cuidarem da própria saúde mental. A verdade é que terapia não é um sinal de fragilidade — é um sinal de maturidade, autoconsciência e coragem.
Reduzir a terapia a algo exclusivo para situações extremas é como dizer que academia é só para quem está doente, ou que aprender a cozinhar é só para quem passa fome. Terapia não é um último recurso; é um espaço de desenvolvimento pessoal, prevenção emocional e aprofundamento do autoconhecimento.
Todos nós enfrentamos desafios, inseguranças, fases difíceis, dúvidas sobre relacionamentos, carreira, escolhas de vida. Em algum momento, todos sentimos ansiedade, medo, sobrecarga ou confusão. E tudo isso faz parte da experiência humana — não de um “problema”.
Por isso, terapia é para qualquer pessoa que queira se compreender melhor, melhorar sua relação consigo mesma, fortalecer suas habilidades emocionais e construir uma vida mais alinhada com seus valores. Não é preciso esperar o “pior momento” para buscar ajuda. Muito pelo contrário: terapia também é cuidado, manutenção e prevenção.
Normalizar a terapia é normalizar o cuidado com a saúde mental. Assim como cuidamos do corpo, dos estudos, da carreira e das relações, cuidar da mente deveria ser parte natural da rotina. Quando entendemos isso, libertamo-nos do estigma e abrimos espaço para viver com mais equilíbrio, clareza e qualidade de vida.
Terapia não é para quem tem problemas —
é para quem tem histórias, sentimentos, escolhas, dúvidas e sonhos.
Ou seja: terapia é para todos nós.
Psicóloga Luciana Gomes da Silva
CRP 08/27331